Acelerar os patrocínios

Acelerar os patrocínios
28/10/2021 APAN

Acelerar os patrocínios Tendências-chave emergiram devido à COVID. Ian Malcolm, Presidente e CEO da Lumency, uma consultora de patrocínios de marca, marketing experiencial e de conteúdo, explica porque são importantes.

A pandemia tem sido um acelerador de diversas coisas, desde a transformação digital, passando pela justiça social e ciência médica – no desenvolvimento das vacinas COVID-19 – até à automação empresarial. Também fez avançar mais rapidamente as principais tendências de patrocínio, trazendo tanto oportunidades como riscos para as marcas. Enquanto profissionais de patrocínios, a nossa tarefa passa por encontrar e aproveitar as oportunidades, ao mesmo tempo que estamos conscientes dos riscos e os tentamos mitigar.

No artigo da World Federation of Advertisers, são identificadas 11 tendências importantes que os marketers devem ter em conta:

  1. A ascensão do “local”

Ao sair da pandemia e à medida que se voltam lentamente a reencontrar os consumidores procuram conforto nas pessoas que lhe são mais próximas. Desde o início de 2020, o apoio às empresas locais tornou-se uma espécie de movimento social. No hemisfério norte, estamos em mais um verão de curtas distâncias, em que os pequenos centros regionais de fácil acesso beneficiaram bastante. Eventos e iniciativas mais pequenas e locais ganharam maior interesse e apoio do consumidor, uma tendência que se espera continue no próximo ano.

  1. Festivalização

Num mundo cada vez mais digital, as pessoas – especialmente os consumidores mais jovens – desejam experiências mais analógicas. Os festivais, muitas vezes centrados em torno de âncoras culturais, como a alimentação, a música, as artes e a agricultura, proporcionam oportunidades para que as pessoas se reúnam em torno de experiências a uma escala mais humana.

  1. Pressão para comparecer

Antes da pandemia os franchises desportivos profissionais da América do Norte e da Europa, estavam a assistir a uma diminuição da pressão em relação ao número de espectadores no local e em relação às audiências das transmissões. Os consumidores mais jovens estão a envolver-se de forma diferente em eventos desportivos, através de peças de conteúdo mais “fáceis de digerir”. Os frachises desportivos mais inteligentes vêem-se como fábricas de conteúdos que proporcionam experiências aos fãs, através de múltiplas plataformas e de diversas formas. Isto está a mudar a economia do desporto profissional e a proposta de valor para os patrocinadores.

  1. eSports tornam-se mainstream

Os desportos online têm beneficiado de audiências cada vez maiores graças à pandemia e a forma como estão organizados e a maneira como proporcionam valor aos patrocinadores está cada vez mais sofisticada.  Embora ainda com muita especulação em matéria de direitos económicos, as maiores marcas estão a construir o seu caminho dentro deste espaço e a ser bem recebidas pelos fãs.

  1. Mudança para o digital

A pandemia forçou as empresas a construírem novos ativos digitais para satisfazerem os patrocinadores e para se envolverem com os fãs. Isto apresenta oportunidades e riscos, porque quando há maiores oportunidades de engagement, provenientes de meios digitais, a atração pelas experiências presenciais pode ter menos brilho. No entanto, esta transformação digital também é útil para os fãs e tem impacto neste tipo de experiências locais, nomeadamente no processamento de pagamentos, na gestão de multidões, gestão de concessões, venda de lugares.

  1. Diversidade, igualdade e inclusão

O conceito de DEI e o foco na justiça social sofreram uma mudança sísmica em 2020. Competições desportivas, atletas e artistas têm utilizado a sua posição para aumentar a notoriedade, iniciar conversas e criar uma mudança sustentável. Estas relações proporcionam uma oportunidade para as marcas patrocinadoras demonstrarem os seus próprios valores de marca em torno da DEI, através da associação e ativação, desde que o vínculo aos valores da marca seja autêntico e genuíno.

  1. Gestão de risco dos patrocinadores

Na sequência de graves polémicas do COI, FIFA, CONCACAF e outros, os consumidores tornaram-se mais dispostos a penalizar os patrocinadores pelas escolhas erradas das entidades que apoiam. Os patrocinadores precisam estar mais conscientes dos riscos de reputação que advêm da associação às organizações que patrocinam e de serem mais cuidadosos na forma como avaliam e gerem esses riscos.

  1. Responsabilidade Social Corporativa está cada vez mais perto

Cada vez mais, as marcas recorrem aos seus patrocínios comerciais para mostrar os seus compromissos de investimento comunitário. Isto é o que chamamos ‘tribonding’, que liga a marca, o patrocínio lucrativo e uma causa sem fins lucrativos através de uma plataforma de ativação partilhada. As marcas estão a reconhecer a importância de medir e de investir em parcerias de investimento na comunidade para impulsionar as métricas de saúde da marca. Estas parcerias onde se cria um investimento na comunidade começam a parecer-se mais com patrocínios comerciais na forma como estão a ser avaliadas e medidas.

  1. Experiências contactless

Durante e depois da pandemia, o foco em mais experiências ao vivo sem contacto com fãs / participantes / patrocinadores, tornou-se uma necessidade. Proporciona benefícios óbvios em termos de higiene, mas também faz com que as pessoas se desloquem mais rapidamente, criem menos filas de espera em eventos e acelerem o processamento de pagamento e o serviço de alimentos e bebidas. Estas experiências também proporcionam mais oportunidades de recolha de dados, incluindo a possibilidade das marcas terem os consumidores a utilizar os seus próprios dispositivos móveis para se envolverem em ativações experimentais.

  1. A era do influenciador

Nos últimos três a quatro anos, assistimos a um movimento em direção aos atletas como o primeiro ponto de ligação dos adeptos ao ambiente desportivo, especialmente para os mais jovens. Cada vez mais, o centro da paixão das pessoas é primeiro o atleta, depois a equipa e depois a competição, tornando a fidelidade dos adeptos à equipa mais móvel. Os influenciadores podem permitir que as marcas se tornem mais ágeis, alinhando-se com estes influenciadores por prazos mais curtos do que os patrocínios tradicionais.

  1. Medir. Medir.

Para muitas organizações, o patrocínio é o segundo maior investimento em marketing, depois da media, mas tem permanecido em grande parte sem controlo. Orçamentos de marketing geridos de forma mais rígida durante a pandemia, significou um maior escrutínio sobre os gastos. Para as organizações que não estiveram a exigir uma melhor medição dos seus investimentos de patrocínio durante a pandemia, antecipa-se uma mudança nas expetativas sem retorno.

O mundo pós-pandémico oferece oportunidades bastante relevantes para que as marcas se envolvam, construam confiança e relevância, demonstrem os valores da marca e impulsionem os negócios e os resultados da marca. Estar atento a estas 11 tendências de patrocínio ajudará os marketers a orientar a estratégia e otimizar essas oportunidades.

Veja o artigo original aqui.

0 Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*