Inteligência Artificial (IA) by WFA: marcas destacam ganhos de IA, Meta e Adobe retrocedem em alterações de políticas, fraude publicitária de IA e avatares TikTok
No atual panorama digital e tecnológico em rápida mudança, acompanhar as últimas tendências pode ser um desafio. A atualização mensal de IA do WFA serve como um resumo completo dos desenvolvimentos mais importantes para ajudar a manter-se informado sobre as tendências que estão a transformar a indústria do marketing. Gabrielle Robitaille, Diretora Associada de Política Digital da WFA identifica seis anúncios importantes.
Comunidade de IA com visual cinzento
Uma pesquisa da WFA de setembro de 2023 revelou que apenas 44% das marcas globais têm princípios de IA responsáveis que orientam o uso de IA generativa pelas suas organizações para fins de marketing. Para apoiar os membros na sua jornada responsável pela IA, desenvolvemos uma compilação dos princípios mais comummente adotados, juntamente com definições normalizadas.
Para ajudar a dar-lhes vida, a WFA está a organizar uma série de workshops para co-criar orientações voluntárias e práticas sobre como operacionalizar estes princípios nos casos de utilização de marketing generativo de IA mais urgentes. O primeiro workshop realiza-se no dia 3 de setembro.
Marcas partilham insights sobre criatividade e ganhos de produtividade
As marcas globais começaram a partilhar insights sobre como a IA generativa está a impulsionar a eficácia e a eficiência do marketing. O CMO da empresa fintech Klarna partilhou que a utilização generativa de IA resultou numa poupança de 25% em despesas de agências externas, uma redução de 6 milhões de dólares nos custos de produção de imagens e uma diminuição dos tempos de ciclo de desenvolvimento de imagens de seis semanas para apenas sete dias.
O CMO da Reckitt revelou como os pilotos generativos de IA resultaram numa redução de 60% no tempo necessário para o desenvolvimento do conceito de produto, numa redução de 30% no tempo necessário para adaptar e localizar anúncios e numa redução de 90% no tempo gasto na análise dos media pós-campanha.
Para descobrir mais sobre como as marcas estão a utilizar a IA generativa, gostaríamos muito de receber a sua contribuição nesta investigação sobre a IA generativa da WFA.
O escrutínio baseia-se no treino de modelos de IA generativos
No início de junho, a Meta anunciou que estava a introduzir uma nova alteração na política de privacidade que lhe permitiria utilizar anos de publicações pessoais, imagens privadas e dados de rastreio online para construir e treinar os seus modelos de IA, sem o consentimento do utilizador.
Esta alteração de política foi suspensa na UE após queixas apresentadas pela ONG de privacidade None of Your Business, alegando que estas práticas violavam a regulamentação de proteção de dados. No Brasil, o regulador de privacidade ordenou que a Meta deixe totalmente de processar dados pessoais dos seus utilizadores para treino de modelos de IA.
A Adobe também foi criticada depois de anunciar uma atualização de serviço que permitiria utilizar e possuir qualquer conteúdo carregado e gerado pelos utilizadores do Adobe Firefly. A Adobe publicou um blog esclarecendo que as suas ferramentas não são treinadas no conteúdo do cliente, que não assume a propriedade dos trabalhos dos clientes e que os seus modelos são treinados em conjuntos de dados de conteúdo licenciado e conteúdo de domínio público.
Estes desenvolvimentos destacam a crescente falta de confiança entre reguladores, consumidores e utilizadores empresariais sobre a forma como as empresas de IA estão a utilizar os dados para treinar os seus modelos.
ChatGPT-4 e Gemini 1.0 classificados entre os modelos de IA generativa menos transparentes
A Universidade de Stanford classificou o Chat GPT-4 e o Gemini como os modelos GenAI mais opacos. O Foundation Model Transparency Index concluiu que todos os modelos são geralmente bastante opacos; com uma pontuação média de transparência de 58 em 100. Empresas como a StarCoder, Jurassic-2 e Luminous tiveram a classificação mais elevada.
Ao abrigo das Leis de IA da UE e do Colorado, a OpenAI, a Google, a Meta, a Adobe e outros programadores serão em breve obrigados a partilhar informações detalhadas sobre como os seus modelos de IA foram treinados, como funcionam os processos algorítmicos e as medidas tomadas para mitigar os riscos. Resta saber como é que estas novas disposições serão aplicadas na prática.
A WFA forneceu uma visão geral dos desenvolvimentos regulamentares na última reunião da Comunidade de IA, e a Unilever partilhou as suas perspetivas sobre o que isto significa para os profissionais de marketing de marca.
IA generativa responsabilizada pelo aumento de fraudes publicitárias e desinformação de imagens
Um novo relatório da plataforma de medição digital DoubleVerify descobriu que a IA generativa está a gerar aumentos de mais de 20% em novos esquemas de fraude publicitária. De acordo com o relatório, a IA generativa permite que atores mal-intencionados gerem milhares de agentes de utilizadores aparentemente autênticos para imitar o comportamento humano, tornando os padrões de tráfego de bots mais difíceis de detetar.
Uma pesquisa realizada pela Google e por diversas organizações de verificação de factos descobriu que a desinformação gerada pela IA aumentou rapidamente desde a primavera de 2023. A Aliança Global para os Media Responsáveis da WFA está a trabalhar em conjunto com as plataformas de redes sociais para promover a transparência sobre como estão a abordar a desinformação gerada pela IA.
TikTok revela avatares virtuais para marcas
A TikTok anunciou oficialmente os ‘Symphony Digital Avatars’ nos Cannes Lions, permitindo às marcas utilizar influenciadores virtuais para promover e vender produtos na plataforma. As marcas terão acesso a dois tipos de avatares digitais: avatares pré-construídos, criados por atores pagos e licenciados para uso comercial, e avatares personalizados, criados para representar um criador ou porta-voz da marca.
Ainda não é claro como os consumidores responderão à utilização de tais avatares e se ajudarão a construir ou a reduzir a autenticidade e a confiança da marca. A WFA vai realizar uma sessão com a TikTok no dia 4 de setembro para aprofundar o novo conjunto de produtos de IA da TikTok. Pode inscrever-se para este encontro aqui.
Artigo cortesia WFA, leia o original aqui.
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