Frederico Caetano, Novos diálogos entre pessoas e marcas na era da relevância
Vivemos na era das ausências. Ausência de padrões estáveis em muitos setores, ausência de previsibilidade, de planeamento no longo prazo, ausência de receitas que nos orientem nos desafios de gestão atuais. Porém, esta ausência é também um estímulo à criatividade nas soluções, à combinação de elementos que antes não se juntavam porque os críamos insolúveis. A aproximação do final da década já nos provou que a velocidade da evolução empurra diariamente as paredes do impossível.
Também na comunicação, a dificuldade de padronização de comportamentos de consumo nos tem levado a descobrir muito sobre o ser humano. Os esforços das marcas, antes centrados nos estímulos constantes, são hoje mais consentâneos com novas expetativas dos consumidores: autenticidade, transparência, experiência de qualidade, emoção… e significância. A significância é o combustível com capacidade de alimentar uma relação entre pessoas e marcas que ao longo do tempo, poderá revestir-se de outros atributos.
Quando se desenvolve uma estratégia de comunicação de uma marca, toda a análise de mercado, da própria marca e do consumidor precisa de ser orientada para a descoberta de insights. São esses insights que nos permitem chegar a um conceito de comunicação robusto e fecundo, que irá desdobrar-se em múltiplas ideias, materializadas posteriormente nos diversos meios.
Uma estrutura Omnimedia procura que essas ideias, que derivam de um núcleo único, se cruzem e se alimentem através dos diferentes touchpoints utilizados para chegar ao consumidor. A tecnologia tem sido um importante catalizador da capacidade de conhecer e identificar interesses e perfis de consumo, abrindo oportunidades de novos diálogos entre marcas e pessoas, transversais a todas as plataformas, que são hoje mais relevantes e sobretudo mais nutritivos.