Os tempos que estamos a viver têm sido de exceção para muitos gestores e profissionais de marketing a nível global. A indústria tem-se deparado com desafios que nunca pensaram enfrentar. Para ajudar as marcas e as suas agências neste ambiente de mudanças rápidas e constantes, o Global Sourcing Board da WFA reuniu sete dicas* que podem ser úteis para profissionais da indústria do marketing em todo o mundo.
-
Proatividade
Manter contactos regulares com os parceiros externos. Cada agência ou fornecedor deverá ser tratada de forma particular. Marcar reuniões, mostrar-se útil e disponível, porque agora, mais do que nunca, devemos comportar-nos como verdadeiros parceiros. Todos beneficiarão de um ecossistema de marketing saudável e sustentável.
-
Compreensão
Demonstre empatia nos seus contactos, mas de uma forma real. Já existem mensagens de ânimo e compaixão mais do que suficientes, pelo que os contactos devem procurar ter um toque mais pessoal e ir direto ao assunto. A melhor opção é sempre ligar para falar em vez de enviar email e, se possível, fazer videochamadas.
-
Definir próximos passos
No final de cada conference call estratégica com um parceiro, deve fazer-se um memo por escrito, que resuma o essencial e as decisões tomadas nessa reunião, e garanta que estão todos alinhados com os próximo passos. Neste memo devem ser incluídos os nomes de todos os que participaram na call para facilitar o follow-up.
-
Rever parcerias e contratos
Tal significa definir o âmbito do trabalho, modelos de remuneração, condições de pagamento, avaliações de desempenho, tais como:
- Aprender com a crise: esta é também uma oportunidade para se perceber o que realmente importa. Aprendizagens que podem ser aplicadas a longo prazo (seja no pós-crise ou no futuro).
- Garantir que os parceiros com modelos de remuneração baseados em resultados conseguem subsistir se os projetos forem adiados e aqueles que são baseados no desempenho consigam possam atingir seus KPIs, durante e após a crise.
- Entrar em contacto com os parceiros externos e avaliar em conjunto novas possibilidades de condições de pagamento. Não existe um modelo único.
- Repensar critérios de avaliação de desempenho, uma vez que os KPIs anteriores já não serão exequíveis. Esta medida exige uma redefinição das expetativas de faturação e obriga a entrar em contacto com as partes interessadas, bem como com os parceiros da agência para se conseguir um consenso sobre as (novas) métricas que façam sentido, durante e após a crise.
-
Pensamento criativo
Criar oportunidades para as agências partilhem ideias com todos os stakeholders da empresa, incluindo o CMO, como forma de combater a crise no pensamento criativo. As agências podem ter recursos que nunca foram explorados antes e que podem tornar-se essenciais para que os negócios continuem.
-
Partilhar experiências
Promover as melhores práticas entre a sua equipa e de outros mercados de forma consistente. A experiência de colegas de países da Ásia, que lidam com o coronavírus há mais tempo, pode ser extremamente útil.
-
Não é o momento ideal para concursos de agências
Avalie antes os potenciais riscos para o seu atual parceiro histórico se ele perder o seu negócio. Ainda assim se tiver que avançar, por razões específicas da sua empresa assegure que o processo é justo e transparente e orientado por objetivos de longo prazo. Entre outras questões, deverá reavaliar os seus objetivos e adaptar os critérios de seleção ao momento atual. Os concursos são também oportunidades para construir novas relações, mas será difícil avaliar a “química” entre as equipas (cliente e agência) através de uma teleconferência. Além disso, o desenvolvimento do caderno de encargos deve ter em conta o período “back to business” com um plano pós-crise, para que sejam consideradas as quantidades de trabalho e condições comerciais adequadas.
* Nota: estas dicas servem apenas como sugestões ou recomendações. Não são de forma alguma vinculativas e os membros da WFA podem discordar das ideias apresentadas.