Um relatório recente da SocialBakers, agência de marketing global especialista em social media, revela que existem mais pessoas a interagir com o Instagram, mas as publicações dos influenciados estão a diminuir à medida que os orçamentos de marketing vão sendo reduzidos.
Esta pesquisa analisou as tendências das redes sociais no primeiro trimestre do ano e destaca especificamente o impacto que a COVID-19 estava a ter nas tendências de marketing. Enquanto muitas empresas estavam a passar por uma mudança natural fruto das circunstâncias impostas pela pandemia – como é o caso da indústria das viagens – o relatório observou que a procura por conteúdos digitais aumentava à medida que o distanciamento social se tornava uma realidade.
Como resultado, o uso das redes sociais nas noites de sexta e sábado aumentou 13% e 15%, respetivamente. O valor global da audiência do Instragram é atualmente 28% vezes maior do que a audiência dos 50 maiores perfis de marcas no Facebook, de acordo com o relatório.
No entanto, o uso da hashtag #ad caiu 35%. Em março, segundo a análise da SocialBakers, apenas 11.341 influenciadores do Instagram associados a marcas usavam #ad, o número mais baixo desde o mês de agosto de 2019.
Isto parece ser uma má notícia para uma área em constante evolução como a do marketing de influência. Por outro lado, graças à pandemia foi possível perceber entre os influenciadores quais os que tinham um maior sentido ético e quais os que não o tinham ao apresentarem-se com uma postura oportunista, pedindo borlas e presentes a meio de uma pandemia global. Atitudes que podem tornar a responsabilidade e transparência como características mais importantes nos influenciadores daqui em diante.
Para o CEO da Socialbakers, Yuval Ben-Itzhak, «atualmente o público está a procurar envolver-se com conteúdos mais quotidianos e que se assemelhem com a vida real, em vez de posts aspiracionais e demasiado editados graficamente, talvez porque ofereçam a sensação de que estamos juntos na luta».
O relatório também observou o impacto no custo por clique (CPC) em março, nas diferentes regiões. No Sudeste Asiático, o CPC caiu 22,1%, enquanto no sul da Europa caiu 42,4%. As marcas que aproveitaram os custos mais baixos de anúncios em meados de março tiveram um aumento de quase 30% no alcance da página no mês, que terminou a 13 de abril.
O relatório completo pode ser consultado AQUI