Maioria das empresas portuguesas não toma medidas para apoiar a inclusão e a diversidade

Maioria das empresas portuguesas não toma medidas para apoiar a inclusão e a diversidade
28/10/2021 APAN

Maioria das empresas portuguesas não toma medidas para apoiar a inclusão e a diversidade65% dos inquiridos em Portugal consideram que a sua empresa não procura ativamente medidas para ser mais diversa e inclusiva. Esta é uma das conclusões dos primeiros Censos sobre diversidade, equidade e inclusão na indústria do marketing e publicidade que a World Federation of Advertisers (WFA) promoveu em 27 mercados, incluindo Portugal.

O perfil dos respondentes em Portugal tem uma representação das mulheres superior à média nacional, mas os homens estão, proporcionalmente, mais representados em cargos de chefia. Há uma disparidade salarial indicativa de 14% a nível de Diretor, no entanto, o quadro é misto nos restantes níveis.

Comparativamente com os resultados globais, Portugal apresenta uma pontuação ligeiramente abaixo do Índice de Inclusão (62% vs. 64%), evidenciando a necessidade de melhorias, nomeadamente no que diz respeito ao sentimento de pertença, onde o nosso país fica 5% abaixo do índice de referência.

Os dados relativos ao custo de rotatividade mostram que há algum risco potencial de rotatividade, com 12% dos entrevistados a referir que provavelmente deixarão a sua organização devido à falta de inclusão e diversidade ou preferindo não responder a essa pergunta.

23% dos respondentes não acredita que os colaboradores sejam tratados todos de igual forma, independentemente da idade, com uma representação mais elevada para as mulheres do que para os homens (26% em comparação com 16%).

Uma elevada percentagem de mulheres acredita que a condição familiar pode dificultar a carreira na empresa (45% em comparação com 34% para os homens). ​

O número de respondentes que experienciaram discriminação é baixo.

Globalmente, os resultados deste primeiro censo sobre diversidade, equidade e inclusão da indústria de marketing identificaram como principais desafios questões em torno da condição familiar, idade e género, bem como etnia e deficiência.

As conclusões globais baseiam-se em mais de 10.000 respostas, obtidas em 27 mercados. Os inquéritos foram realizados em junho e julho de 2021.Em Portugal responderam 338 profissionais da indústria do marketing e da publicidade, 63% dos quais mulheres e 37% homens.

Em Portugal a realização do estudo foi impulsionado pela Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), que contou com os apoios da Associação Portuguesa de Publicidade, Comunicação e Marketing (APAP), Associação Portuguesa de Agência de Meios (APAME), Associação Portuguesa de Empresas de Estudos de Mercado e de Opinião (APODEMO), Associação Portuguesa de Produtoras de Filmes, Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM), Plataforma de Media Privados (PMP), a Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas (APECOM), a Associação Portuguesa de Marketing Direto (AMD), Clube Criativos Portugal e a Interactive Advertising Bureau Portugal (IAB Portugal).

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