O que é preciso para ser uma marca relevante em 2019?

O que é preciso para ser uma marca relevante em 2019?
08/04/2019 APAN

O que é preciso para ser uma marca relevante em 2019?Se 77% de todas as marcas que existem desaparecessem amanhã, os consumidores ficariam indiferentes. Apesar disso, 76% acreditam que as marcas são essenciais para a sua subsistência. Estas são as principais conclusões que constam do relatório anual do “Meaningful Brands” da Havas, um estudo que tem como objetivo avaliar de que forma podem as marcas melhorar a vida das pessoas e qual o papel que devem assumir na sociedade. Os resultados foram debatidos durante a Global Marketer Week, em Lisboa, na sessão Better Marketing.

Segundo o estudo da Havas, para ter um impacto significativo em 2019 as marcas precisam de alcançar três coisas: entregar os produtos e serviços que prometem, melhorar a vida das pessoas e desempenhar um papel relevante na sociedade.

Os resultados obtidos demonstram que as marcas têm ainda um longo percurso a percorrer para entender de que forma podem contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas. 63% dos Baby Boomers afirmaram que não querem apenas um produto de determinada marca. Um valor que tende a aumentar nas gerações mais jovens: 76% da Geração X, 84% dos Millennials e 87% da Geração Z.

De fato, 55% dos entrevistados acreditam que as empresas têm uma responsabilidade maior do que o Governo para criar um futuro melhor para as pessoas. 77% por cento disseram que preferem comprar de empresas com as quais partilham valores, enquanto 84% argumentam que as marcas devem ser transparentes sobre seus compromissos e promessas – 38% acreditam que as marcas já o estão a fazer atualmente. A pesquisa revela também que, no futuro, os consumidores irão preferir marcas que queiram tornar o mundo num lugar melhor.

No relatório ficamos ainda a perceber que a indústria precisa de pensar em novas estratégias para a produção de conteúdos, uma vez que 58% dos conteúdos mundiais produzidos pelas marcas não são significativos para os consumidores, sugerindo que as marcas estão a passar por uma crise de confiança.

Para o desenvolvimento dessa estratégia, as marcas precisam primeiro de perceber que papel deve desempenhar o conteúdo que produzem. Só assim conseguirão perceber que tipos de conteúdo que podem responder a esse papel. Para a Havas Media só com esta resposta é que as marcas conseguirão elevar a qualidade dos conteúdos que produzem e passar a ser consideradas essenciais na vida dos consumidores. O relatório conclui que um conteúdo para ser relevante deve entreter, educar, informar, ajudar e recompensar o consumidor. Se não conseguir cumprir estes pressupostos, a marca dificilmente conseguirá estabelecer uma ligação forte com o seu público. Este é um ponto bastante aprofundado pelo estudo, que ressalva o facto de as marcas mais significativas terem mais do dobro de intenção de compra que as marcas que não são “meaningfull”.

Para melhor compreender as questões relativas ao conteúdo, a Havas analisou o comportamento de marcas de 22 setores diferentes. A indústria automóvel, eletrónica e de viagens são as que apresentam os conteúdos mais eficazes, enquanto as empresas de energia, restaurantes e seguradoras têm maiores dificuldades em produzir conteúdos que se destaquem.

No relatório é apresentada uma lista das 30 marcas com mais significado a nível global. Entre as 10 principais encontramos a Danone, a Microsoft, a BMW, a Gillette, a Johnson & Johnson, o YouTube, o WhatsApp, a Google, a PayPal e a Mercedes-Benz.

A 10.ª edição do Havas’ Meaningful Brands 2019 report, envolveu mais de 350 mil pessoas e mais de 1.800 marcas de 22 setores e de 31 mercados diferentes. Teve como objetivo determinar o que torna uma marca significativa nos dias de hoje.

O estudo completo aqui: https://www.meaningful-brands.com/en

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