Segundo este artigo de opinião do Brian Jacobs, consultor londrino na BJ&A, é recorrente dizer-se que os pitches são o sangue vital das agências, mas, atualmente, existem algumas agências que poderiam viver sem esse entusiasmo.
Há cada vez mais concursos de media, mas há novas regras no mercado e, neste momento, se as agências não reconhecem as novas regras mundiais poderão ter problemas. Desta vez os anunciantes vão além do princípio de que quem for menos caro ganha.
Os pitches das agências de media costumavam ser cheios de ideias inteligentes, a maioria dos quais não eram bem comunicadas para serem entendidas, ou eram simplesmente ignoradas quando a discussão se virava para o preço. Poderíamos argumentar (eu não o faria…) que com opções de media limitadas, o preço era o fator discriminante mais significativo.
Agora que vivemos num mundo com escolhas de media infinitas, a estratégia de comunicação e o planeamento são vitais. As opções estão em todo o lado, não só na forma como gastamos o orçamento, mas também no que isso significa com o crescimento de modelos in-house, nas soluções híbridas agência/in-house, e ainda o caminho das agências de meios tradicionais. E estes fatores devem ser considerados antes de entrarmos na qualificação de “uma agência” hoje em dia.
O preço tornou-se uma questão higiénica. O compromisso com a transparência torna-se numa condição de entrada – e não apenas na definição legal do termo no contrato. A verdadeira transparência (que é o que os anunciantes querem e esperam) cobre todo o ethos de como uma agência se comporta, o que guia o seu processo de decisão e como treina e avalia a sua equipa.
Aqueles que julgavam que a estrutura dos novos contratos do mercado, e os princípios-base de abertura e transparência neles incluídos, eram uma moda passageira “no mercado real”, devem pensar novamente. Rapidamente.