Um estudo curioso conduzido pela Reach Solutions, um grupo editorial no Reino Unido, mostra que construir empatia é algo muito difícil. Este estudo explora o tema da empatia e procura identificar se quem trabalha no marketing e publicidade tem alguma empatia com a população em geral. Compararam visões dos profissionais de marketing e publicidade com as dos “modern mainstream” e concluíram que estes dois públicos veem, experimentam e interpretam o mundo de maneira diferente.
A pesquisa, “The Empathy Delusion”, foi desenvolvida no Reino Unido, em parceria com a House51, uma consultora de estudos de mercado, e envolveu 2.019 adultos e 199 profissionais de marketing e publicidade. Para a análise foram utilizadas técnicas e testes adaptados de frameworks vanguardistas da psicologia cognitiva e da personalidade.
Sem pretender fazer juízos de valor, deixamos aqui três cometários retirados do estudo e que refletem a visão do mesmo:
1) “Nós [ou seja, os profissionais de marketing e publicidade], como toda a gente, preferimos conversar com pessoas com as quais estamos familiarizados e que entendemos.”
2) “Testemunhamos uma fixação da indústria com o grupo alvo 18 – 34 ABC1s, certamente impulsionada mais pela composição da nossa indústria do que pela realidade demográfica da nossa população envelhecida e pelo enorme poder de compra das gerações mais velhas”.
3) “Nós [ou seja, os profissionais de marketing e publicidade] gravitamos repetidamente e inconscientemente na direção a um grupo demográfico que, intuitivamente, sabemos verá o mundo como nós.”
Numa indústria fortemente caraterizada pela necessidade de entender e falar diretamente com as pessoas, os resultados obtidos levantam uma série de questões.
O estudo termina com uma série de recomendações sobre como a indústria da publicidade e do marketing pode contornar défices e preconceitos de empatia, bem como trabalhar as questões mais profundas sobre sua identidade, ética e moral.
As conclusões e recomendações do estudo “The Empathy Delusion” pode ser consultada AQUI. Vale a pena ler.