“A Anunciar o Futuro”, o podcast APAN na Rádio Observador, tratou no mês de abril temas como a Sustentabilidade, Propósito e Transformação Digital. António Casanova, CEO da Unilever Fima, Edson Athayde, publicitário, Pedro Bidarra, consultor e escritor, e Rogério Carapuça, da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), foram os protagonistas.
António Casanova, CEO da Unilever Fima fez uma reflexão sobre o propósito das marcas e o futuro da publicidade. O foco vai estar em perceber como é que as marcas se estão a adaptar à importância de comunicar valores para além dos produtos. Questionado sobre se “as marcas voltadas para um propósito serão as que têm um futuro e se será que isso vai criar confiança na publicidade?” António Casanova apontou que a ideia de definição de propósito é uma lógica das marcas que se tem vindo a instalar na última década e que, claramente, é uma lógica que tem bastante futuro. Defendeu que hoje em dia, as empresas e as marcas para funcionarem têm de ter muito claro como é que a sua existência impacta positivamente a vida das pessoas e o planeta e, por isso, esta lógica tem de ser enunciada, estar expressa e ser muito clara para as pessoas que trabalham e dirigem as empresas e para as pessoas que consomem produtos dessas empresas.
“Qual o papel que a confiança tem na comunicação das marcas?” Este foi o tema para a reflexão de Edson Athayde, CEO e Diretor Criativo da FCB Lisboa. O objetivo foi explicar o que muda, com o digital, na forma de pensar dos criativos, de modo a que a confiança seja reforçada e não perdida.
Para Edson Athayde, a confiança é um dos fatores basilares da ação publicitária. A comunicação comercial existe para vender produtos e serviços, no limite, vender ideias e conceitos, mas é preciso que a pessoa que ouve, vê e lê a comunicação acredite na mensagem transmitida. Sem confiança, todas as publicidades soam a mentira, logo, não serão eficazes. Nos tempos difíceis que estamos a passar, a confiança foi uma das poucas coisas que as marcas conseguiram assegurar, recuperando um pouco o sentimento de que a normalidade poderia voltar.
Pedro Bidarra, consultor, escritor e ex-publicitário, levou-nos a pensar a questão do propósito e dos valores das marcas, e como é que estes podem ser passados para o consumidor de uma forma clara e coerente. Há, e sempre houve, uma preocupação por parte das marcas em, pelo menos, ter o propósito e os valores “postados na parede” sublinhou Bidarra que lembrou, ainda, que a questão da missão e dos valores não é uma coisa de agora, mas de sempre. Contudo, agora é cada vez mais utilizado como instrumento externo, para os consumidores.
A transição digital, por sua vez, é um tema que está cada vez mais na ordem do dia porque a crise pandémica veio acelerar o seu processo. Rogério Carapuça, da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), conduz-nos nesta reflexão e lembra que a pandemia desencadeou uma certa consciência nos pequenos e médios empresários para introduzirem nas suas empresas o digital, algo essencial para a sua sobrevivência durante o confinamento.
Os protagonistas dos próximos episódios do podcast APAN serão João Nuno Pinto, Head of Strategic Marketing da Sumol + Compal, Bernardo Correia, Country Manager da Google Portugal, João Nunes, Chief Transformation Officer na IPG Mediabrands e Diogo Anahory, da Bar Ogilvy.
Reveja os quatro episódios do podcast de abril, AQUI.